» » » Narrador relata tentativa de invasão à cabine de transmissão da rádio durante Londrina x Cruzeiro

Torcedores do Londrina tentaram invadir a cabine da Itatiaia, logo após o fim do jogo em que o Cruzeiro venceu por 2 a 1, com gol no último lance, no estádio do Café, pela 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Inconformados com a derrota, pessoas começaram a ameaçar o narrador Osvaldo Reis Pequetito e o operador Flávio Cândido e tentaram forçar o portão. O local estava sem policiamento.

Os jogadores do Cruzeiro, que comemoravam o resultado com a torcida do outro lado do campo, tomaram conhecimento da confusão e tentaram subir na cabine para ajudar os dois profissionais da Itatiaia.

O zagueiro Wagner Leonardo, o lateral-direito/volante Rômulo e o meio-atacante Chay foram um dos jogadores que subiram para ajudar Pequetito da ira dos torcedores do Londrina. Mas policiais militares impediram que os outros atletas celestes acessassem a cabine e jogaram gás de pimenta.

O atacante Luvannor ficou indignado com a situação e acusou um dos policiais de agressão.

“A gente só queria subir porque subiu jogador nosso pra lá. A torcida deles está ‘fechando’ o cara [Osvaldo Reis Pequetito]. Quatro jogadores nosso foram, mas tinham os torcedores dos caras. São 50 contra quatro. O policial foi covarde. Não queríamos entrar, mas ele me deu uma cacetada nas costas de um jogador nosso. É covardia”, disparou.

“Não tem necessidade. Ganhamos no jogo. A polícia não pode fazer isso. A gente veio aqui pra acalmar e o cara desce o cassetete”, completou.

Relato do Pequetito

Ainda durante a transmissão do pós-jogo na Itatiaia, Osvaldo Reis Pequetito relatou o que aconteceu. “Eu apenas narrarei o gol do Cruzeiro, o gol da vitória, como qualquer outro gol. Se fosse do Londrina, eu narraria. Agora, quando terminou o jogo, voou coisa na gente aqui, caiu o meu fone, chute na porta”, contou.

Pequetito revelou que um banquinho de madeira que servia como cadeira na cabine foi colocado atrás da porta pelo operador Flávio Cândido para evitar a invasão.

“A linha acabou caindo, puxaram... mas estou bem. Tem um banco aqui, se não é esse banco, que é aquele banco de escola, porque não tem cadeira pra gente... se o Flavinho não corre rápido e coloca o banco como proteção, como anteparo, eles tinham invadido a nossa cabine”, disse.

O narrador da Itatiaia também relatou ameaças dos torcedores do Londrina. De acordo com Pequetito, tudo por causa da narração do segundo gol do Cruzeiro, que saiu no último minuto do jogo.

“Tem aquelas ameaças como ‘você não vai sair daqui vivo’. A gente tem família, a gente tem medo, claro", afirmou, ressaltando que outros torcedores o reconheceram e apaziguaram a situação. "Depois vieram outros três, quatro, cinco [torcedores do Londrina] que me reconheceram e perguntaram se eu estava bem”, frisou.

Pequetito também citou a facilidade do acesso dos torcedores às cabines no estádio do Café. "A área aqui da cabine é mais de sócios, creio eu, eles têm acesso. Os bares ficam aqui atrás. Quem quiser entra em qualquer cabine, não há segurança nenhuma”, reclamou.

“O cara vinha aqui e praticamente colocava o rosto na cabine onde eu estou. Foi aumentando, três, quatro, cinco, oito, dez. Todos xingando todo tipo de palavrão e dizendo ‘você não vai sair vivo’. Falaram que eu dei ‘tchauzinho’. Eu jamais faria isso. Eu vibrei com o gol e falei: ‘voltou pra Série A’. É o momento meu de narração, estou vibrando”, desabafou.

Apesar do susto, Pequetito e Flávio Cândido não se feriram. Após o jogo, eles ainda permaneceram mais de uma hora dentro da cabine para sair com segurança.



FONTE: ITATIAIA

Postado por César Oliveira

O portal da galera do rádio
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