» » Joesley afirma que pagava mesada de R$ 50 mil para Aécio por meio de rádio



O empresário Joesley Batista afirmou, em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), que pagou uma mesada de R$ 50 mil ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) entre 2015 e 2017. O dinheiro chegava ao tucano por meio de pagamentos feitos pela JBS à rádio Arco Íris, afiliada da Joven Pan em Belo Horizonte, da qual Aécio foi sócio.

Ainda segundo o relato de Joesley, o senador pediu a mesada a ele durante um encontro no Rio. Nas palavras do delator, Aécio disse que usaria o dinheiro para "custeio mensal de suas despesas". As informações são da edição desta sexta-feira do jornal "Folha de S.Paulo" e foram confirmadas pelo GLOBO.

De acordo com a reportagem, além de fazer o relato do pagamento das mesadas, Joesley entregou para os investigadores 16 notas fiscais de R$ 54 mil emitidas pela rádio no período em nome da JBS. Os recibos têm como justificativa a prestação de "serviço de publicidade", em forma de "patrocínio do Jornal da Manhã", um dos programas da rádio.


Joesley não esclareceu, no depoimento, a diferença de R$ 4 mil no valor das notas e na mesada acertada com Aécio. Ele relatou não saber se as propagandas de fato foram veiculadas, mas reforçou que sua intenção era repassar a mesada para ter bom relacionamento com tucano, candidato à Presidência da República em 2014.

O último pagamento da JBS a Aécio, segundo a "Folha", ocorreu em junho de 2017, um mês após vir à tona a delação dos executivos do grupo. Em um dos pontos da colaboração, Joesley gravou o senador tucano lhe pedindo R$ 2 milhões. Parte do dinheiro foi entregue a um primo de Aécio, Frederico Pacheco.

Aécio, Pacheco e a irmã do senador, Andrea, tornaram-se réus neste processo no Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira.

O advogado Alberto Toron, que defende o senador, afirmou que o depoimento seria mais uma demonstração de má-fé e desespero de Joesley Batista.

"O senador jamais fez qualquer pedido nesse sentido ao delator, da mesma forma que, em toda a sua vida pública não consta nenhum ato em favor do grupo empresarial", disse o criminalista, que afirmou que Joesley se utiliza de uma relação comercial lícita mantida entre empresas para forjar uma falsa acusação.

"Ao dar início à negociação de acordo de delação, delatores se comprometem a suspender qualquer prática irregular. Prova de que o contrato com a emissora foi uma relação comercial legal e desprovida de qualquer conotação pessoal é que o contrato foi mantido normalmente, até a data do seu encerramento", afirmou.

Segundo Toron, os serviços foram correta e efetivamente prestrados.



FONTE: O GLOBO

Postado por César Oliveira

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